SEQTRA Engenharia Logística e Negócios Sustentáveis
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Multimodal – Na Seqtra, utilização do SLIIC poderá ser expandida para embarcadores

21 setembro 2011   //   Por SEQTRA   //   Notícias  //  Comentários desativados

Os quase 900 veículos que compõem a frota da Seqtra Engenharia Logística & Negócios Sustentáveis (Fone: 31 3333.0018) são controlados pelo SLIIC – Soluções Logísticas Inteligentes & Itens Controlados, sistema de gestão logística implantado em 2009. E a utilização da tecnologia deverá chegar em breve a alguns embarcadores, que estão em fase de negociação com a companhia.

“Estamos negociando com grandes embarcadores no Brasil para a expansão da utilização do SLIIC”, conta o presidente da Seqtra, Dario Palhares, revelando que o sistema é capaz de controlar veículos, notas fiscais e itens online, realizando, inclusive, os cálculos das emissões de gases de efeito estufa por unidade/item transportado, do embarque à entrega, informando ao final de cada transporte o balanço das emissões, seja da Seqtra ou de terceiros.

A solução foi criada para suprir a necessidade de grandes embarcadores com enorme complexidade logística de terem um sistema versátil que pudesse fazer interface com os outros modais, eliminando buracos negros na operação. Por isso, a principal característica do sistema é transformar dados em informações estratégicas para maior produtividade na logística e medição de OTIF, indicador utilizado para medir a performance logística de atendimento ao cliente.

Com a adoção do SLIIC, o usuário passa a ter a possibilidade de, em cima de uma única base de dados, implementar processos de otimização da logística, inclusive para a reversa. “O sistema contribui diretamente para um melhor fluxo dos processos lógicos e minimiza consideravelmente os custos com fluxo cruzado”, explica Palhares. “Ele busca otimizar os recursos disponíveis para melhor atendimento as demandas lógicas dos embarcadores, a fim de proporcionar maior rentabilidade à sua operação”, complementa.

Como está em funcionamento em toda a frota da Seqtra, a solução é utilizada nas operações de todos os clientes e o seu desenvolvimento é constante, visando ao aperfeiçoamento 24 horas por dia. Assim, a companhia, desde a implantação, vem colhendo resultados importantes, como o maior controle de ativos e a redução de custos, ao reduzir a ociosidade nas operações logísticas. Além disso, a tecnologia permite à empresa executar os três tópicos do GHG Protocol: pegada do carbono, balanço das emissões e compensações.

O viés ambiental é o principal foco do SLIIC, que foi desenvolvido através de módulos, sendo que cada cliente pode controlar desde o aceite de pedidos, passando pelas etapas de planejamento de produção, controle da produção, expedição dos itens e controle de estoques, entre outros processos. Todas as informações são repassadas ao sistema, que disponibiliza e localiza em tempo real – via web ou smartphone – não só o veículo, mas cada item sob a logística da Seqtra.

Por meio da tecnologia, é possível captar o gás carbônico e realizar a respectiva compensação com a aquisição de créditos de carbono ou aplicação em recursos em programas de restauração ambiental. Além disso, das configurações do SLIIC, 70% são padrão e os outros 30% deverão ser customizados de acordo com a empresa ou com o modal em que for implantada a ferramenta.

Em 2010, a Seqtra – sigla que significa sustentabilidade, evolução, qualidade, tecnologia, rastreabilidade e assertividade – transportou 950 mil toneladas de carga, alcançando um faturamento de R$ 75 milhões. A previsão para 2011 é de movimentar 1,2 milhão de toneladas e faturar entre R$ 100 milhões e R$ 120 milhões.

Entre próprios e agregados, sua frota tem idade média de quatro anos e atende às demandas de dois clientes das regiões Sul e Sudeste: a Usiminas e a ArcelorMittal. A Seqtra utiliza como base suas 11 filiais, localizadas principalmente no eixo São Paulo e Minas Gerais. Ainda para 2011, deverá inaugurar três novas filiais: Vitória, ES, e São Francisco do Sul, SC, para atender a Arcelor Mittal, e Volta Redonda, RJ, para atender à CSN – Companhia Siderúrgica Nacional.

Fonte: Portal Logweb - http://www.logweb.com.br/novo/conteudo/noticia/27679/multimodal–na-seqtra-utilizacao-do-sliic-podera-ser-expandida-para-embarcadores/

ArcelorMittal planta ideias de preservação

16 setembro 2011   //   Por SEQTRA   //   Notícias  //  Comentários desativados

Entre os muitos afluentes que cortam o rio das Velhas em Minas Gerais, o rio Taquaraçu tem importância vital e é um dos trechos com melhores condições hídricas de toda a bacia. Para garantir a qualidade da água, é necessário preservar as matas ciliares desse curso d’água, essenciais para evitar o assoreamento na região. Nesse sentido, a ArcelorMittal, empresa do setor siderúrgico que tem uma unidade na região, decidiu compensar as emissões de gases de efeito estufa gerados no transporte rodoviário de seus produtos construindo um viveiro, onde serão plantadas mudas que serão destinadas à recuperação de matas ciliares, de nascentes ou de áreas degradadas.

Como calcular as emissões

A Seqtra é uma empresa de transporte rodoviário criada em 2009 e que tem a sustentabilidade no centro de seus projetos. Com base em um levantamento sobre as emissões de poluentes na área de transporte de cargas, realizado em 2008, a Seqtra percebeu que os setores de mineração e siderurgia, juntamente com o transporte rodoviário, seriam os maiores poluidores dos próximos 30 anos. Assim nasceu o desafio da empresa de criar um processo sustentável para o transporte de aço.

Para saber a quantidade de poluentes que estava emitindo, a empresa decidiu criar um software chamado SLIIC (Soluções Logísticas Inteligentes & Itens Controlados). O programa conta com vários parâmetros para calcular a emissão de gases de efeito estufa no transporte de um trecho por caminhão, como o plano da rota, a condição da estrada, o relevo (retas, subidas ou descidas) e o modelo do caminhão.

“Ao final da viagem, o sistema avisa quantos quilômetros foram rodados, o consumo de diesel e a quantidade de emissões de gases estufa. Uma empresa de auditoria independente contratada pela Seqtra verifica se as informações calculadas por nós estão corretas para checar esses dados com o GHG Protocol (protocolo padrão utilizado por empresas e governos em todo o mundo na medição de gases estufa). Após este processo, a Seqtra elabora um relatório, que é enviado periodicamente para as empresas terem esse balanço”, explica Dário Palhares, presidente da Seqtra.

O software é adaptado para a atividade de cada empresa que contrata a Seqtra. “Das configurações do SLIIC, 70% são padrão e os outros 30% deverão ser customizados de acordo com a empresa ou com o modal que implantar a ferramenta”, explica Palhares.

O projeto de compensação dos gases estufa produzidos durante o transporte dos produtos da Arcelor-Mittal começou no início de 2010. Para fazer essa compensação, era necessário saber a quantidade de gases gerados, o que resultou na contratação da empresa Seqtra, que fazia o transporte rodoviário da unidade que a ArcelorMittal mantém no município de Sabará, Região Metropolitana de Belo Horizonte, aos pontos de distribuição das regiões Sul e Sudeste e calculou o total das emissões no ano de 2009.

Por meio de um software desenvolvido especialmente para o cálculo dessas emissões, a Seqtra consegue medir a quantidade de dióxido de carbono (CO2) emitida por sua frota de caminhões em cada trecho percorrido pelos caminhões (veja Box). Assim, a ArcelorMittal passou a ter um verdadeiro raio-X dos gases que o transporte de seus produtos liberava na atmosfera.

Com os números das emissões em mãos, a próxima etapa seria compensar esses gases. “Em um primeiro momento, o total de CO2 emitido foi compensado com a compra de créditos de carbono do mercado voluntário. Além desse tipo de compensação, pensamos que outra importante contribuição poderia ser a destinação de recursos para preparação e plantio de mudas de árvores destinadas à recuperação de matas ciliares, de nascentes ou de áreas degradadas”, explica o gerente de Meio Ambiente da ArcelorMittal, José Otávio Andrade Franco.

A partir daí surgiu a ideia da criação de um viveiro de mudas em terreno cedido em comodato pela ArcelorMittal Sabará na Usina Hidrelétrica Madame Denise, situada no município de Taquaraçu de Minas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A empresa já participava do subcomitê de bacias hidrográficas do rio das Velhas, Taquaraçu e Sabará com a intuito de fortalecer parcerias de preservação do meio ambiente na região.

Em diálogo com representantes do Projeto Manuelzão, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a empresa cedeu a área de 1.275 m² ao Programa de Recuperação Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Taquaraçu. O espaço abrigará um centro de apoio e um viveiro de 588,6 m² para o plantio de quase 24 mil mudas de árvores de espécies do Cerrado e da Mata atlântica.

O Projeto Manuelzão ajudará na parte técnica da instalação do viveiro, dando suporte na escolha das mudas e no diagnóstico das áreas a serem recuperadas. “O viveiro é apenas uma parte do nosso trabalho de recuperação da bacia do Taquaraçu. A articulação de diversos segmentos da sociedade nesse projeto está sendo essencial para o trabalho de preservação da região”, explica o presidente do comitê da bacia do Rio das Velhas e um dos coordenadores do Projeto Manuelzão, Rogério Sepúlveda.

A ideia é que o viveiro em Taquaraçu seja apenas o primeiro de muitos. “O objetivo é investir em um projeto próximo da unidade industrial, junto à comunidade. Este projeto será um piloto que as par-cerias pretendem expandir para outras regiões”, explica José Otávio. O viveiro tem previsão para estar concluído até o final desse ano.

A bacia do Taquaraçu tem cidades com áreas de agropecuária e o desmatamento avança na região. “As nascentes estão secando nessas áreas. O assoreamento está aumentando por conta do desmatamento para criar áreas de pastagem. Com a recuperação da mata ciliar por meio dessas mudas que virão dos viveiros, evitamos o assoreamento e aumentamos a vazão e a qualidade da água na região”, explica a analista ambiental e coordenadora do Subcomitê do Rio Taquaraçu, Derza Nogueira.

Para a analista, o projeto do viveiro que será desenvolvido pela ArcelorMittal com os parceiros na bacia do Taquaraçu tem caráter pioneiro, pois traz benefícios imediatos e próximos à comunidade que vivencia a atividade da ArcelorMittal. “Antes, as compensações eram feitas em outros lugares mais distantes e a comunidade não percebia os resultados. Agora, a compensação é feita próxima da atividade industrial e beneficia essa mesma comunidade”, explica.

Derza Nogueira ressalta que a população local precisa da água do Taquaraçu para sua sobrevivência. “Essa região ainda precisa e muito da água do rio. Essas medidas de preservação e recuperação de mata ciliar ficam mais baratas do que quando a situação estiver pior, com um rio assoreado e poluído”, conclui.

O presidente da Seqtra, Dário Palhares, empresa que calculou as emissões da ArcelorMittal, ressalta que o viveiro continuará em funcionamento mesmo depois de compensadas as emissões, ultrapassando o propósito inicial da iniciativa. “Mesmo depois de o viveiro haver alcançado seu objetivo, a compensação das emissões, ele continuará com a comunidade, pois trata-se de um projeto social que vai gerar renda e progresso para a região. Estamos dando um passo a mais ao incluir a sociedade nesse processo”, destaca Dário Palhares.

A matemática da Compensação

• Em 2010, a ArcelorMittal emitiu 1.234,79 tonelada de CO2/equivalente no transporte de seus produtos, valor calculado pela Seqtra.

• Cinco mudas plantadas compensam 1 tonelada de CO2/equivalente. Portanto, para compensar 1.234,79 tonelada de CO2 são necessárias 6.173,95 mudas.

• O viveiro na usina Madame Denise tem capacidade para 24 mil mudas, o que será suficiente para neutralizar as emissões da ArcelorMittal em 2010.

Fonte: Edição Especial - Indústria e Meio Ambiente (17 agosto 2011) - http://www.sinpapel.com.br/Noticias/noticias3101RevistaMeioAmbiente.pdf